4 possíveis soluções para baixar o preço dos combustíveis
A alta dos combustíveis não tá fácil pra ninguém. Por um lado o revendedor que não tem como baixar os preços por conta fatores como a variação cambial e, por outro, o consumidor que precisa abastecer e não tem pra onde correr.
Será que há alguma solução viável para mudar esse panorama? Lógico que estamos falando de estratégias a longo prazo. Acompanhe esta matéria e veja 4 exemplos de soluções propostas.
1. Acordo entre países da OPEP
Em julho passado, os ministros dos países membros da OPEP selaram um acordo para frear a alta dos preços aumentando gradualmente a oferta do petróleo até maio de 2022. Com a pandemia, a crise no petróleo se tornou global, com a produção sendo reduzida a 10 milhões de barris por dia. Até dezembro deste ano, pretendem aumentar a produção em 2 milhões de barris ou 400 mil barris por dia. Assim. deve repor o corte de 5,8 milhões de barris por dia que aconteceram durante a pandemia, causando a elevação do preço do barril para mais de 80 dólares, o maior valor dos últimos três anos.
2. Conter a alta do dólar
A alta do dólar impacta diretamente no valor do petróleo. Como vimos no tópico anterior, houve uma elevação no preço do barril que é cotado na moeda americana e com a desvalorização do Real, os valores do combustível no Brasil vão às alturas, refletindo também no aumento dos preços em outros setores, resultando na piora da inflação. O dólar hoje está valendo R$5,51 o que equivale a uma variação de 9,54% só em 2021.
Mas como conter essa alta? O ritmo acelerado na vacinação contra a Covid pode ajudar na diminuição, já que com a grande incidência do vírus, os investidores passaram a ver o Brasil como um país de alto risco. Outra medida que pode ajudar é a aprovação de reformas fiscais como a PEC emergencial, reformas administrativa, tributária e aprovação do Orçamento.
3. Valor fixo no ICMS
Outra proposta para conter a alta dos combustíveis seria diminuir o valor de arrecadação do ICMS, que é um dos responsáveis pelo valor final do combustível nos postos. No dia 13 de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLC) 11/2020 que estabelece um valor fixo no ICMS, já que o valor de arrecadação varia entre os estados. Alguns especialistas acreditam que isso não vai gerar muita diferença no bolso do consumidor já que a variação cambial gera mais impacto que o ICMS.
4. Diminuir o monopólio da Petrobras
Há quem defenda a quebra do monopólio da Petrobras, já que abrindo espaço para outras importadoras e trazendo competição no mercado, poderia resultar na baixa do preço dos combustíveis. Com a nova Lei do Gás, a ideia é de haver uma desconcentração do mercado, impedindo uma mesma empresa de participar de todo o processo, desde a produção até a distribuição.
Como você pode ver, são soluções que requerem participação do Governo e até mesmo do mercado externo. Se elas podem gerar resultados satisfatórios mesmo que a longo prazo, ainda não sabemos, pois apresentam seus prós e contras. Vale ficar de olho nos próximos passos para combater a alta dos combustíveis, que já passou de R$7,00 o litro da gasolina, sendo um dos maiores aumentos nos últimos anos. Mas uma coisa é certa, do jeito que está não pode ficar.